Os
podcastings podem e devem ser usados no contexto de sala de aula para ensinar e
aprender. Estes são recursos tecnológicos que podem ser facilmente utilizados pelos
docentes para disponibilizar os conteúdos e que são extremamente atrativos para
os estudantes do séc XXI pois conjugam imagem, texto e locução (vídeo/som) o
que facilita o processo de ensino/aprendizagem dos alunos.
Os podcastings oferecem a vantagem de poderem ser descarregados para um computador
ou dispositivo móvel para ser acedido em qualquer horário ou local o que
proporciona maior autonomia aos seus utilizadores. Além disso estes podem
“interromper, retomar ou voltar atrás na audição/visualização do conteúdo”
dessa forma o utilizador é quem dita o ritmo dos seus estudos. Segundo Carvalho & Aguiar, 2010) “os podcasts são
recursos valiosos em diferentes contextos pedagógicos, pela flexibilidade que
oferecem, pelo fato de respeitarem diferentes estilos e ritmos de aprendizagem
como até pelo fator motivacional que a sua utilização pode criar”.
Os podcasts podem ter diferentes propósitos pedagógicos e cabe ao professor
adequá-los a necessidade de seus alunos, a título de exemplo, este recurso pode
ser utilizado para dar feedback aos alunos, fornecer conteúdos suplementares,
promover a aprendizagem independente, colaborativa e ativa, etc.
Diante do
aparecimento dos podcasts surgiu a necessidade de se criar uma taxonomia para classificar
e distinguir dos vários podcasts utilizados no ensino. A Taxonomia criada
considera a existência de seis dimensões. São eles: tipo, formato, duração,
autor, estilo e finalidade.
Quanto ao tipo eles poderão ser:
Expositivo/Informativo–“fornecem
informações de natureza variada”.
Feedback/Comentários
-“corresponde a episódios contendo comentários críticos a trabalhos ou a
determinadas tarefas executadas pelos discentes”.
Instruções/Orientações
– “disponibilizam indicações e ou instruções para realizar tarefas, orientar o
estudo ou fornecer recomendações entre outras utilizações”.
Quanto ao formato poderão ser: Para
além de áudio, vídeo, imagens fixas com locução ou a captura do ecrã do
computador. Como exemplos temos os vodcast ou vidcast, screencast e enhanced
podcast.
Quanto a duração poderão ter: Duração
curta ou moderada. Em média o ideal é que tenha a duração de uma música – de 3
a 5 minutos – os podcasts devem ser curtos, animados e divertidos. Os podcasts
considerados curtos são aqueles que duram no máximo até 5 min. E os moderados
com duração superior a 5 min mas inferior a 15min e os considerados longos são
aqueles que ultrapassam os 15 min.
Quanto a autoria: Esta poderá ser diversa. Na proposta de
taxonomia são apresentadas três categorias de autoria: professor, aluno e
outro.
Quanto ao estilo: O
podcast pode ser formal ou informal.
Quanto a sua finalidade: Os
podcasts podem servir para “informar, resumir ou sintetizar, apresentar ou
expor, participar, divulgar algo, motivar para temas, propor tarefas, orientar
o estudo, incentivar, desafiar, refletir, analisar”, etc...como podemos ver são
diversas a sua utilização para o ensino/aprendizagem.
A
recomendação que deverá ser seguida na hora de se produzir um podcast segundo
Carvalho & Aguiar (2010) é a de que um podcast deve ter um fio condutor,
com princípio, meio e fim, e deve ser produzido
de forma a atrair e manter atento o ouvinte.
Segue exemplo de um Podcast.
Segue exemplo de um Podcast.
Referência Bibliográfica
Carvalho, A. A., & Aguiar, C. A. (2010). Podcasts para ensinar e aprender em contexto. Santo Tirso/Portugal: De Facto Editores.