terça-feira, 21 de maio de 2013

As taxonomias de podcasts


Os podcastings podem e devem ser usados no contexto de sala de aula para ensinar e aprender. Estes são recursos tecnológicos que podem ser facilmente utilizados pelos docentes para disponibilizar os conteúdos e que são extremamente atrativos para os estudantes do séc XXI pois conjugam imagem, texto e locução (vídeo/som) o que facilita o processo de ensino/aprendizagem dos alunos.
Os podcastings oferecem a vantagem de poderem ser descarregados para um computador ou dispositivo móvel para ser acedido em qualquer horário ou local o que proporciona maior autonomia aos seus utilizadores. Além disso estes podem “interromper, retomar ou voltar atrás na audição/visualização do conteúdo” dessa forma o utilizador é quem dita o ritmo dos seus estudos. Segundo  Carvalho & Aguiar, 2010) “os podcasts são recursos valiosos em diferentes contextos pedagógicos, pela flexibilidade que oferecem, pelo fato de respeitarem diferentes estilos e ritmos de aprendizagem como até pelo fator motivacional que a sua utilização pode criar”.
Os podcasts podem ter diferentes propósitos pedagógicos e cabe ao professor adequá-los a necessidade de seus alunos, a título de exemplo, este recurso pode ser utilizado para dar feedback aos alunos, fornecer conteúdos suplementares, promover a aprendizagem independente, colaborativa e ativa, etc.
Diante do aparecimento dos podcasts surgiu a necessidade de se criar uma taxonomia para classificar e distinguir dos vários podcasts utilizados no ensino. A Taxonomia criada considera a existência de seis dimensões. São eles: tipo, formato, duração, autor, estilo e finalidade.
Quanto ao tipo eles poderão ser:
Expositivo/Informativo–“fornecem informações de natureza variada”.
Feedback/Comentários -“corresponde a episódios contendo comentários críticos a trabalhos ou a determinadas tarefas executadas pelos discentes”.
Instruções/Orientações – “disponibilizam indicações e ou instruções para realizar tarefas, orientar o estudo ou fornecer recomendações entre outras utilizações”.
Quanto ao formato poderão ser: Para além de áudio, vídeo, imagens fixas com locução ou a captura do ecrã do computador. Como exemplos temos os vodcast ou vidcast, screencast e enhanced podcast.
Quanto a duração poderão ter: Duração curta ou moderada. Em média o ideal é que tenha a duração de uma música – de 3 a 5 minutos – os podcasts devem ser curtos, animados e divertidos. Os podcasts considerados curtos são aqueles que duram no máximo até 5 min. E os moderados com duração superior a 5 min mas inferior a 15min e os considerados longos são aqueles que ultrapassam os 15 min.
Quanto a autoria:  Esta poderá ser diversa. Na proposta de taxonomia são apresentadas três categorias de autoria: professor, aluno e outro.
Quanto ao estilo: O podcast pode ser formal ou informal.
Quanto a sua finalidade: Os podcasts podem servir para “informar, resumir ou sintetizar, apresentar ou expor, participar, divulgar algo, motivar para temas, propor tarefas, orientar o estudo, incentivar, desafiar, refletir, analisar”, etc...como podemos ver são diversas a sua utilização para o ensino/aprendizagem.
A recomendação que deverá ser seguida na hora de se produzir um podcast segundo Carvalho & Aguiar (2010) é a de que um podcast deve ter um fio condutor, com princípio, meio e fim, e deve ser  produzido de forma a atrair e manter atento o ouvinte.

Segue exemplo de um Podcast.
Podcast alojado no Podomatic Folclore Português

Referência Bibliográfica

Carvalho, A. A., & Aguiar, C. A. (2010). Podcasts para ensinar e aprender em contexto. Santo Tirso/Portugal: De Facto Editores.