domingo, 24 de março de 2013

O que são comunidades de aprendizagem online em contextos formais e informais?

Segundo Palloff & Pratt (2002), citado por Carvalho & Gomes (2012) as comunidades online são espaços na internet onde as pessoas se unem em torno de interesses e objetivos mútuos. Os autores destacam que a expressão "comunidade de aprendizagem" muitas vezes é usada como sinônimos de "comunidade prática, comunidade virtual e comunidade de inquirição". Cabe ressaltar como surgiu o termo comunidade, este surgiu primeiramente em um contexto  presencial (com a estipulação de um espaço geográfico) mas logo tomou outras proporções e com a ajuda da internet este passou a fazer parte do ciberespaço  aproximando pessoas de diferentes lugares. Com a aproximação online estas pessoas tiveram a oportunidade de ampliar seus conhecimentos em contextos formais e informais de aprendizagem. (Carvalho & Gomes, 2012).
Para que a comunidade funcione de forma satisfatória é preciso contar com quatro fatores primordiais. São eles: "Quantidade de pessoas envolvidas, capaz de constituir diversidade e volume de comunicação para manter a comunidade; o tempo, que deve ter uma duração suficiente para o estabelecimento e desenvolvimento da comunidade; os sentimentos suporte do relacionamento; e por último, as relações pessoais que se estabelecem". (Rheingold, 2000, citado por Carvalho & Gomes, 2012).
As comunidades online de aprendizagem estão divididas de duas formas: a primeira, em contexto formal de aprendizagem, que pode acontecer, como exemplo, em cursos de licenciatura (unidades curriculares); cursos de atualização ou especialização e cursos de mestrado; e a segunda, em contexto informal, temos como exemplos a comunidade WELL ( Whole Earth 'Lectronic Link) e a Massively Multiplayer Online Game (MMOG).
Para Carvalho e Gomes as comunidades são importantes por se inserirem numa abordagem socio-construtiva, o que proporciona aos indivíduos a capacidade de autonomia e no desenvolvimento de uma "aprendizagem  ativa e colaborativa dos seus membros". (2012, p. 124).
Por último destaca-se aspectos a serem observados no desenvolvimento de uma comunidade de aprendizagem online: São eles, segundo Paloff e Pratt, 2002, citado por Carvalho & Gomes, 2012.
1 - Interação ativa, tanto relacionado ao conteúdo quanto a comunicação pessoal;
2 - Aprendizagem colaborativa, que se percebe a paritr dos comentários dirigidos de um aluno a outro; 
3 - Significado construído socialmente, evidenciado pelo acordo ou pelo questionamento;
4 - Partilha de recursos entre os membros;
5 - Expressões de apoio e de estímulo trocada entre alunos; 
6 - Vontade de avaliar criticamente o trabalho dos colegas.
Não se pode deixar de mencionar o papel importante que o professor desempenha em uma comunidade online de aprendizagem. É ele o responsável por manter o desenvolvimento da comunidade. O professor, dentro deste contexto é "facilitador, organizador, animador e comunicador de informações", e exerce seu papel em quatro áreas: "pedagógica, social, administrativa e técnica".(Paloff e Pratt, 2002, citado por Carvalho & Gomes, 2012). 

Referências Bibliográfica:

Carvalho, A.& Gomes, T. (2012). Comunidades de aprendizagem online em contextos formais e informais. In Currículo e Comunidades de Aprendizagem: Desafios e Perspectivas, 4, 121-147. Universidade de Coimbra.

quinta-feira, 21 de março de 2013

As vantagens e desvantagens no uso de ferramentas Assíncronas e Síncronas no ensino/aprendizagem online.


As autoras apontam para alguns aspectos no que concerne ao uso de ferramentas no ensino-aprendizagem online que muitas vezes podem ser positivos pra uns, mas negativo para outros usuários.
As vantagens e desvantagens apresentadas, dependendo da experiência formativa de cada um, estão relacionadas com as ferramentas síncronas e assíncronas:

Ferramentas síncronas:
 Vantagens
-Todos podem acessar ao mesmo tempo.
-O estudante pode ter um feedback imediato às suas intervenções.

Desvantagens
- podem falhar a qualquer momento.
-Se o sistema falhar se perde a oportunidade de se desenvolver a atividade ou de se obter a informação transmitida.
-Determina o acesso de todos os participantes ao mesmo tempo.
- O professor pode se sentir pouco motivado, as vezes  por não dominar os conteúdos ou não ter as competências técnicas relacionas as tecnologias para desempenhar bem o seu trabalho.
- Maior dificuldade em controlar as intervenções dos participantes.

Ferramentas Assíncronas:
Vantagens
 O estudante tem a possibilidade de acessar a ferramenta no momento em que lhe apetecer.
- Não perde a oportunidade de concluir a atividade se o dispositivo falhar pois as mensagens ficam armazenadas.
- Mantem as mensagens registradas.
- Permite ao e-formador controlar as intervenções dos participantes.
- Permite que o aluno faça uma reflexão mais aprofundada sobre o conhecimento adquirido antes de iniciar a atividade proposta.

Desvantagens
- O sistema pode falhar a qualquer momento.
- Nem sempre o feedback necessário é dado.
- O professor pode se sentir pouco motivado, as vezes  por não dominar os conteúdos ou não ter as competências técnicas relacionas as tecnologias para desempenhar bem o seu trabalho.
- Ausência de pistas paralinguísticas, o que dificulta ao e-formador fazer uma boa interpretação da mensagem recebida.
As autoras finalizam o texto ressaltando que tanto no ensino presencial quando no ensino a distância pode haver obstáculos com relação  as ferramentas utilizadas no processo de ensino-aprendizagem.

Referência Bibliográfica:
Pessoa, T., Barreira, C., Santos, T. & Póvoa, L. (2008, Setembro). A tutoria online. Comunicação apresentada no Colóquio sobre Questões Curriculares- Florianópolis.


Modelo teórico da tutoria online em ambientes virtuais de ensino/aprendizagem segundo Gilly Salmon (2001).


O mundo das tecnologias de comunicação e de informação (tics) nos dias atuais é algo tão necessário quanto o ar que respiramos.  As Tecnologias, num mundo globalizado, são fundamentais para o nosso desenvolvimento social, pessoal, intelectual e cultural. Desta forma, no âmbito da educação, Gilly Salmon (2001) apresenta um modelo teórico de tutoria online no ensino/aprendizagem em ambientes b-learning.  Antes de apontar o modelo de tutoria online defendido por Salmon torna-se necessário esclarecer qual a importância da tutoria online num contexto de ensino a distância. O papel de um tutor online, segundo as autoras (Pessoa et al., 2008)  é a de “criar, desenvolver, acompanhar e avaliar o processo de interação e de ensino-aprendizagem, que decorre num ambiente de aprendizagem online”. Este papel pode ser desenvolvido em um ambiente virtual de aprendizagem, fazendo uso de diferentes ferramentas: as síncronas e as assíncronas. As síncronas são caracterizadas por decorrerem em tempo real, ou seja, todos devem estar conectados no mesmo dia e à mesma hora para interagirem uns com os outros (ex. chat, Skype, Messenger, etc.). E as assíncronas, são as ferramentas que se pode aceder quando se tem possibilidade (ex. email, blogs, fórum de discussões, etc.). Dentro do modelo criado por Salmon (2001) para tutoria online o papel do tutor se destaca em cinco estádios. São eles:
1-      Acesso e motivação: Neste estádio o e-formador tem o papel de possibilitar o fácil acesso a plataforma e de motivar os e-formandos a participarem e colaborarem neste ambiente de ensino/aprendizagem virtual. Esta motivação pode ser feita através de uma mensagem de boas vindas deixada na plataforma ou ainda de um email individual. Esta etapa termina quando ocorrem as primeiras mensagens pelos participantes.
2-  Socialização online: Pressupõe o estabelecimento da identidade online de cada participante, seguida da descoberta dos outros com os quais vai interagir. Cabe ao e-formador a responsabilidade de familiarizar os seus formandos e de criar oportunidades de interacção social entre eles. Essa socialização pode ser feita tanto através de mensagens como de atividades propostas para este fim (ex. Apresentação individual ou criação de uma conferência ou fórum de discussão destinado às apresentações de cada um). Esta etapa termina quando os participantes começam a partilhar online um pouco deles próprios.
3-  Troca de informação: Neste estádio cabe ao e-formador planear e operacionalizar todo um conjunto de atividades que incentivem uma troca de conhecimentos relevantes para o próprio curso. Cabe ressaltar que é importante existir um ambiente colaborativo e de interacção entre os participantes para a realização das atividades propostas. Esta etapa termina quando se inicia a construção de conhecimento.
4-        Construção do conhecimento: É marcado por uma aprendizagem interactiva e construtiva. Os participantes exploram factos, tomam e discutem posições num formato argumentativo, reflectem e reavaliam as suas posições. O e-formador deve comportar-se como um participante apoiando e estimulando a procura de respostas e fazendo uma síntese durante os debates.
5-   Desenvolvimento pessoal: procura de benefícios do sistema que permitam aos e-formandos alcançar os seus objetivos pessoais. Permite aos e-formandos reflectirem e participarem mais ativamente sobre o seu processo de aprendizagem. Cabe ao e-formador apoiar e tirar as dúvidas dos participantes.
Além do modelo caracterizado por Salmon (2001) cabe ainda destacar que segundo as autoras (Santos, et al) o e-formador deve ter certas competências que auxiliam e facilitam o desempenho da tutoria online. Tais como: dominar os conteúdos do programa, mostrar disponibilidade e flexibilidade na preparação, animação, saber dar feedback, demonstrar empatia e abertura de forma a facilitar a comunicação entre todos, possuir conhecimentos sobre tecnologias informáticas etc.. Além de saber proporcionar um ambiente onde os e-formandos se sintam parte integrante do grupo.

Referência Bibliográfica:
Pessoa, T., Barreira, C., Santos, T. & Póvoa, L. (2008, Setembro). A tutoria online. Comunicação apresentada no Colóquio sobre Questões Curriculares- Florianópolis.


sexta-feira, 15 de março de 2013

Os LMS ((Learning Management Systems) e o seu papel no ensino presencial.


O LMS (Learning Management Systems) funciona como uma plataforma de apoio as aula no ensino presencial que traz muitas vantagens a docentes e discentes. O LMS é uma plataforma de espaço online privado que proporciona interacção entre professor-alunos e alunos-alunos, um espaço de partilha de conteúdos (através de meios de comunicação síncrona e assíncrona) e o acesso aos conteúdos. Alguns modelos de LMS são: Blackboard, WebCT, AulaNet e Moodle. Essas plataformas, se bem utilizadas, são de grande importância para o ensino presencial porque aumentam a capacidade tanto de alunos quanto de professores de continuarem com o seu processo de ensino/aprendizagem fora do espaço presencial. Os LMS possibilita aos alunos uma maior autonomia para dar continuidade ao seu processo de aprendizagem. Com os LMS o professor tem a oportunidade de se aproximar mais de seus alunos podendo dar-lhe maior apoio em suas tarefas. Para Carvalho (2008) o LMS traz vantagens ao professor porque faz deste um “orientador do processo de aprendizagem dos alunos, apoiando-os, incentivando-os à reflexão e ao debate”. Além disso, com esta ferramenta o professor pode disponibilizar recursos sobre a unidade curricular em “todos os formatos (textos, áudios, vídeos, documentos interactivos, apresentações de PowerPoint, ficheiros em formato pdf, páginas Web, etc.)”.
Referência Bibliográfica:
Carvalho, Ana Amélia A. (2008). Os Lms no Apoio ao Ensino Presencial: dos conteúdos às interacções: Revista Portuguesa de Pedagogia, 42-2, 101-122.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Os 4 Cs de Quinn (2011) e o seu vínculo com a educação à distância.



No seu livro The Mobile Academy  mLearning for Higher Education,  Clark N. Quinn (2012) fala sobre os benefícios da integração, ou seja, da facilidade de partilhar  informações através de dispositivos móveis. Essa integração cria oportunidades e facilidades para se pensar o ensino à distância. Além disso, Quinn (2011) caracteriza os 4 Cs do dispositivo móvel, os quais indicam um conjunto muito útil para o ensino-aprendizagem de modo m-learning. A saber, os 4 Cs que o autor aponta em seu livro são respectivamente: Content  (conteúdo);  Capture (capturar);  Compute (computar) e Communicate (comunicar). Mas, a que se refere especificamente o autor quando aponta para os 4Cs e qual a sua importância real no  ensino à Distância?
Segundo Quinn (2012) o conteúdo é qualquer tipo de documento (texto ou gráfico), áudio e vídeo que pode ser armazenado, partilhado e acessível via dispositivo móvel, independentemente de onde o usuário se encontre. Este, pode aceder a arquivos  áudio ou  de vídeos, de palestras, entrevistas, documentários, capítulos de livros didáticos, artigos, etc...
Já a captura relaciona-se com o que o usuário pretende produzir, ou seja, é o material recolhido e produzido pelo indivíduo. O usuário pode produzir arquivos através de seu dispositivo móvel tais como imagens, áudios, vídeos, etc.. E este mesmo dispositivo permite guardar e compartilhar todo o material capturado e produzido.
A partir do momento que passamos a partilhar a nossa produção (nossos arquivos), isto é, quando disponibilizamos os nossos conteúdos para outras pessoas, então encontramos desta forma um outro C, comunicar. Quinn (2012) aponta a comunicação como um ato de interação, a qual pode ser dada de forma síncrona ou assíncrona. Qualquer usuário pode se comunicar e de várias formas, tais como: via chat, vídeo, através de fotos, voz etc.. Esta particularidade, na modalidade de  ensino a distância, é de extrema importância pois facilita e aproxima a facilita a comunicação entre alunos, professores, especialistas e tutores.
O último C apresentado por Quinn (2012) fala sobre computar; são facilidades que programas, ferramentas ou aplicativos adquiridos que permitem ao usuário obter resultados que os seres humanos não teriam capacidade, tempo, conhecimento ou memória suficiente para calcular e armazenar. Exemplo de utilização: um aluno pode inserir alguns parâmetros observados, como uma quantidade e uma área e calcular a respectiva densidade ou mesmo algo mais complexo.
Por outro lado Quinn (2012) sublinha que é possível efetuar combinações dos 4 Cs, possibilitando desta forma um aumento da nossa capacidade cognitiva. A utilização simultânea de mais de um dos 4 Cs potencia a dinâmica do ensino/aprendizagem à distância.

Referência Bibliográfica
Quinn, C. (2012). The mobile academy: mLearning for higher education. Disponível em: http://www.designingmlearning.com/TheMobileAcademySample.pdf. Acesso em 07 Março 2013.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Tecnologias (Tics) e Educação. Porque devemos utilizá-la?


















Retomando as postagens, tenho como tarefa incluir um vídeo relacionado à disciplina Novas Tecnologias e Prática de Formação que estou cursando durante esse semestre na Universidade de Coimbra.

Escolhi este vídeo porque demostra de uma forma clara a evolução das tecnologias e do ensino. Com isto se pode perceber o porque devemos utilizar as Tics em sala de aula.